Entenda o vazamento de dados que expôs 200 milhões de brasileiros
Megavazamentos de dados na internet, como o de 223 milhões de números de CPF colocados à venda por criminosos, deixam expostas informações que podem ser usadas para praticar golpes como o saque indevido do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O número de dados vazados é maior do que a população do país (estimada em 212 milhões) porque inclui dados de pessoas que já morreram.
O golpe se dá da seguinte forma: usando o CPF e o nome dos trabalhadores, golpistas se cadastram no aplicativo Caixa Tem, informando um e-mail falso, e pegam o dinheiro. Como o aplicativo não solicita confirmação da identidade do usuário, os golpistas não enfrentam dificuldades para 'roubar' o acesso ao Caixa Tem.
A vulnerabilidade do sistema está no processo de confirmação das informações fornecidas pelo usuário. Portanto, a principal recomendação para evitar que o dinheiro seja retirado por um fraudador é o trabalhador fazer o cadastro no app do FGTS e conferir o quanto antes seu saldo.
Aplicativo app FGTS da Caixa — Foto: Fabiana Figueiredo/G1